sábado, 31 de março de 2012

O que é bonito é pra se mostrar! O Pássaro Na Vitrine...

Finalmente consegui uma folguinha pra ir ao cinema ver Jogos Vorazes e antes de começar a sessão, fui fazer um dos meus programas favoritos: ficar xeretando as prateleiras da livraria. Imagina a minha euforia quando encontrei um exemplar de O Pássaro, da Samanta Holtz entre os lançamentos... Gente parecia até que a autora era eu! Enchi a paciência dos fofos que trabalham lá pra colocarem o livro na vitrine e falei sobre o que era e falei sobre a autora e pedi para indicarem... Meu marido ria e perguntava “você é a relações públicas do livro é?”... Parecia uma besta no meio da livraria! Mas gente, eu fiquei tão feliz por ver aquele livro ali, por saber que outras pessoas teriam a oportunidade de conhecer essa estória, de fazer parte da realização de um sonho que é ver sua obra nas mãos dos leitores. Sim, o sonho de quem escreve. O sonho da Samanta. E gente, eu tô em São Luís do Maranhão! Nosso país é enorme e incrível e me enche de orgulho saber temos tanta gente talentosa querendo mostrar seu trabalho. Pois aí está pessoal! O Pássaro da Samanta voou até aqui! 


Acho que todo mundo que compartilha a paixão pela leitura e pela escrita, sabe um pouquinho o que é isso. É claro que lá também estavam centenas de outros livros que também gosto muito e que também fazem parte da realização do sonho e do trabalho árduo de outros autores, estou me referindo a este em especial pelo fato de ser o livro que estou lendo atualmente e também por se tratar de uma autora tão presente no dia a dia dos blogueiros literários. Como já disse aqui uma vez, o bom de fazer parte dessa enorme rede de comunicação é poder ganhar novos amigos, vibrar, torcer e se divertir com quem tá do outro lado da tela. Esse é meu presente para a autora deste livro e também uma homenagem a todos os nossos talentos nacionais! Eu quero encontrar muitos livros de vocês, cada vez que eu remexer a prateleira de alguma livraria perto da minha casa...


P.S – Acho que isso deveria virar meme, por que tô pagando o mico de postar uma foto minha, de celular e sem um pingo de maquiagem... affe! Não me deixem *forever alone* nessa né....

E pra quem tá curioso e se coçando pra começar a ler O Pássaro, aqui está o Primeiro Capítulo!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Resenha: Talvez uma História de Amor - Martin Page

Título Original: Peut-Être Une Histoire D’Amour
Tradução:
Bernardo Ajzenberg 
ISBN: 9788532524768_
Editora: Rocco
Sinopse: Este livro conta a história de Virgile - anti-herói distraído, contraditório e solitário, que um dia chega em casa do trabalho e ouve em sua secretária eletrônica um recado duro, seco e forte de alguém terminando com ele, sem ter a menor ideia de quem seja essa pessoa. O autor, então, explora o pânico que toma conta de Virgile diante de evidências que o aproximam de uma suposta ex-namorada. Quem, afinal, era Clara? Só, ansioso e deprimido, Virgile decide - em uma reviravolta - recuperar essa mulher que desconhece.

Sabe que aquele livro que a capa parece dizer tudo sobre ele mas não é bem assim? Pois esse é exatamente o caso aqui! Em minhas andanças pelas livrarias dei de cara com essa capa onde uma moça, ou pelo menos parte dela, aparece sentada sobre uma secretária eletrônica. Digamos que isso é, no mínimo, curioso. Ao lado de suas pernas e um belo par de sapatos (confesso, foi o que eu vi primeiro), tinha um título bem sugestivo para as românticas de plantão e o nome do autor: Martin Page. Fazia um bom tempo que eu andava querendo ler alguma coisa dele, pois já tinha ouvido falar sobre seu famoso texto ácido e irônico e extremamente inteligente. Depois dessa, após ler a sinopse não resisti, eu TINHA que ler esse livro!

Imagine só essa situação: o moço chega em casa pensando em 200 milhões de coisas ao mesmo tempo, cansado depois de um dia de trabalho e encontra o seguinte recado: “Virgile, aqui é Clara. Sinto muito, mas prefiro que a gente pare por aqui. Vou me separar de você, Virgile. Não quero mais.”
Ok, a namorada terminou com ele... o que tem demais nisso? Não teria absolutamente nada demais se não fosse o simples fato de que Virgile não tem sequer uma lembrança da tal Clara, quanto mais de um relacionamento para ser terminado. Imediatamente, Virgile, que não é o que se possa chamar de “mocinho tradicional”, teve uma verdadeira crise de pânico, recheada de conjecturas sobre a dor que estava sentindo por ser deixado e a loucura que isso representava uma vez que não conhecia a garota. Seria um trote? Ela errou o telefone? Mas o nome era o dele! Então ele estava com amnésia? Ou pior, poderia estar louco, ter dupla personalidade, estar à beira da morte... Com o cérebro fervilhando de possibilidades, Virgile dá início a uma jornada que vai mudar sua vida. De repente, todas as certezas do mundo sistemático e esquisito de Virgile caíram por terra. Tudo por conta da voz de uma mulher.

Preciso falar que esse livro foi uma baita surpresa pra mim. Por que julgando pela capa ele sugere uma história de amor super melodramática, de encontros, desencontros e mal entendidos que resulta num conto de fadas inesquecível, mas em suas páginas o que eu encontrei foi muito melhor!!! O livro tem um humor inteligente, sagaz, não tem absolutamente nada de meloso, muito pelo contrário, chega a ser comicamente cruel na narração da realidade. O protagonista é uma verdadeira figura! Um cara solteiro, que vive em um apartamento num prédio onde todas as suas vizinhas são prostitutas e “trabalham” em casa, que deixa a comida apodrecer na sua geladeira, que rejeita promoções no trabalho pois acha que a melhor maneira de viver é ficar “invisível”, que se apaixona por todas as mulheres que conhece, para em seguida decidir que por algum motivo qualquer só servem para ser amigas, que tem uma relação possessiva com a psicanalista, é extremamente neurótico e, ao mesmo tempo, é dono de brilhantes teorias absurdas. Virgile é um anti-heroi completo! E apaixonante! Por que se num momento você consegue sentir ódio desse personagem maluco, no outro você está numa torcida desenfreada por ele. E quantas vezes eu parei e pensei: “Sabe que o Virgile tem razão?”

Vai entender né? Só sei que Martin Page consegue nos segurar até a última página na incerteza de Virgile em relação a Clara. E de forma sinuosa, repleta de detalhes e reflexões sobre o amor e a vida, sua narrativa dissimula completamente TUDO no livro. Talvez esse tenha sido o motivo de muitos comentários negativos que vi sobre ele em algumas redes sociais. Mas, em minha opinião sincera, acho que na maioria dos casos, o problema foi a falta de sensibilidade do leitor para perceber que desde o primeiro capítulo o livro foge dos clichês românticos, é uma tragicomédia super contemporânea, que mostra personagens reais e problemáticos, numa Paris nada glamurosa. O autor explora uma série de reviravoltas brilhantemente construídas a partir da nuance do personagem principal: um publicitário anti-social, cético, contraditório e cheio convicções não-convencionais, que busca rever seus conceitos e buscar um sentido na vida-sem-noção que leva, a partir da chacoalhada que Clara dá na rotina dele.
“O Chá tinha se amornado. Clara fazia-lhe falta. Aquela mulher de quem ele não se recordava lhe fazia falta. Durante vinte e quatro horas acreditar que tivessem tido um caso, imaginara seu amor com sinceridade. Depois, durante uma semana, fingira chorar a separação. Estupefato, constatava agora, que a sua não relação não apagava a construção de sua ligação. Como se fingir um coração partido lhe tivesse realmente partido o coração.” 

O livro é também uma homenagem a Paris, pois até nisso o autor foge do convencional. Ele descreve a Paris dos franceses e não a dos turistas, a partir das andanças de Virgile. Sem ser enfadonho ou desnecessário Page nos mostra o dia a dia de uma metrópole linda, mas que não é só um cartão postal e, que mesmo em sua realidade mais crua, ainda é apaixonante.
Nas divagações de Virgile vi também declarações de amor a publicidade, mesmo quando ele queria denegrir a profissão ou criticar o consumismo. Como ela está presente em nossas vidas sem que nem sequer possamos perceber. Tudo isso é narrado por Page sem fugir um segundo do contexto.

Portanto, a minha dica é: leia Talvez Uma História de Amor, sem a expectativa do amor no estilo romance de banca. Vale a pena cada página. O texto é inteligente, engraçado, flui rápido, traz personagens interessantes e, o melhor de tudo, diferentes! Recomendadíssimo! 

Só pra vocês sentirem o gostinho, separei o que chamo de "QUOTES DO VIRGILE":
“Como as relações sexuais, a morte também requer preliminares. O cansaço, as desilusões e as doenças são as carícias e os beijos que relaxam os músculos e permitem à morte que nos leve suavemente. Virgile não estava pronto; sua capacidade de produzir sofrimento e dramas não tinha sido ainda totalmente esgotada.”
“A longevidade das marcas, observava ele, supera a dos casamentos. Elas proporcionam um sentimento de continuidade e segurança; se as pessoas não acreditarem nas marcas em que mais acreditarão? O consumo permite que nos mantenhamos vivos em um mundo sem Deus, sem causas coletivas e onde as histórias sentimentais não duram mais do que dois anos.”
“Na maioria dos casos, os seres humanos são providos de defesas imunológicas bastante eficazes para poderem se expor ao amor. Uma parte de nós anseia por fundir-se na suavidade de uma relação romântica, mas essa parte é frágil e sucumbe ao ataque dos anticorpos. Ao contrário de um vírus, o amor verdadeiro só se desenvolve a partir das coisas inanimadas: quanto mais morto, mais os planos do nosso coração têm chance de se realizar. Os monumentos as obras de arte, as velhas cidades são nosso único meio de conhecer a alegria dos sentimentos duradouros.”
“Paris nunca o abandonaria. Paris estava ali sempre que ele precisava. Paris não exigia sair de férias para alguma ilha paradisíaca, com praias nojentas, cheias de óleos e cremes e sol. Paris não estava nem aí se ele ficava sem lavar a louça uma semana, se não fazia a barba ou se se vestia mal. Paris o amava.”
Ninguém admitiria isso, mas o fato é que não há nada para comemorar quando nossos amigos dão certo na vida e se apaixonam, pois isso os afasta de nós. Os grupos mais sólidos de amigos se apoiam em fracassos profissionais e sentimentais.
“Há um paralelo perturbador entre o crescimento do turismo e a multiplicação de casos sentimentais. Amamos da mesma forma como viajamos, por períodos curtos e seguindo roteiros predeterminados. Apaixonamo-nos para ter lembranças, cartas, um conjunto de sensações, novas cores em nossas íris; para ter o que contar no escritório, aos nossos amigos, ao nosso psicanalista. Não existe diferença entre o amor e as viagens, pois sempre voltamos a eles.”
“As compras proporcionam uma oportunidade de compartilhar uma experiência coletiva e mística. Avançamos uns ao lado dos outros. Cada um carrega sua cesta ou empurra seu carrinho. Ninguém esconde suas compras. As cestas revelam a nossa intimidade: ficamos sabendo de tudo sobre os nossos banheiros, sobre o que há em nossas geladeiras e a composição de nossas famílias. A exposição inocente é a regra. Ficamos nus como criancinhas, e isso não nos incomoda.” 

Martin Page  é autor dos best-sellers Como Me Tornei Estúpido (ganhador do prêmio literário Euregio-Schüler em 2004) e A Gente se Acostuma com o Fim do Mundo, sendo considerado um talento dos dramas contemporâneos. Aos 36 anos, é um dos escritores franceses mais traduzidos da nova geração.

domingo, 25 de março de 2012

Novidades na Estante: O Voo da Estirpe - Adriana Vargas de Aguiar

A Modo Editora tá com tudo né gente? É muita novidade boa chegando!!! Tô adorando conhecer essas obras e poder compartilhar com vocês. Mal vejo a hora de todos esses livros serem lançados! Hoje vamos conhecer um pouquinho sobre "O Voo da Estirpe" de Adriana Vargas Aguiar. Achei o título intrigante e a capa me deixou curiosa... Mas tem uma frases do livro que deu coceira pra começar a ler!!! Mas vamos por partes...



Sobre a Obra: 
Esta obra foi escrita dedicada aos amantes da liberdade ou a quem ainda não a conhece e sonha em alcançar um voo. Não há uma dedicatória em especial, mas somente quem se compatibiliza com o amor, poderá se identificar com a obra.
A trama foi escrita em 2004, mas devido a vários percursos e obstáculos pelos quais, passaram a autora, ela apenas foi concluída no ano de 2011.
Trata-se de um romance contemporâneo, dramático, ofegante, escrito através do método intuitivo e narrado em primeira pessoa, direcionado ao público jovem adulto e torna-se livre dentro do inconsciente de quem a lê.
Possui algumas nuances de aventura, suspense, intrigas, intimidades e a busca pelo amor na mais profunda acepção da palavra.
As orientações contidas no O voo da estirpe é a transformação do ser através da insatisfação com a solidão. Clarice se abre de um modo intenso, sem clichês e meias palavras, expondo aos leitores, o que ela faz quando ninguém vê; o que ela sente, quando ninguém consegue admitir nem para si mesmo.
É um livro que fala da vida como é, do ser humano por dentro e por fora, da hipocrisia que cega e mente e do amor em sua extensa acepção.
A maior mensagem deste livro é a forma sagrada como o verdadeiro amor tem o dom de modificar, não somente tudo o que há por dentro, mas o mundo a seu redor.
É um livro de cunho romântico.
Uma apologia à realidade. O leitor se identificará a todo tempo com Clarice e voará com os sonhos desta personagem.
O aprendizado com a obra é a abstenção do preconceito e a entrega incondicional ao amor.

Os Personagens:
Clarice – protagonista da obra, uma mulher solitária que através do amor por um estranho, descobre a cura para a carência e solidão cultivada há anos. Clarice é impulsiva, com o comportamento guiado entre o ser racional e sonhador. Ingênua e destemida, mostra ao leitor que é “dona de seu nariz”, ao fazer tudo e tão somente o que quer. Alguns a chamariam de ousada, outros de desvairada, o julgamento de cada um varia de acordo com visão que tem do mundo. Na verdade, Clarice é uma romântica não assumida, até que o amor lhe doma o cavalo selvagem que traz no peito.

Klaus – o homem misterioso dos sapatos de verniz e paletó marrom que persegue nossa protagonista em todos os lugares. Ele ensinou Clarice a amar, enquanto ela acreditava piamente que estava cuidando de Klaus, portador de uma doença terminal, era ele quem a cuidava, deixando muitas lições de vida frente à luta contra a doença. Inteligente, carismático, brincalhão e otimista, ele passará aos leitores, uma força interior desmedida. Guarda um segredo que será revelado a Clarice. Continuará ao lado dela, mesmo após a sua morte, em todos os lugares onde ela estive - a história dos dois não se acaba após a morte.

Estela – uma prostituta que surge no enredo com a missão de definir os sentimentos de Clarice por Klaus, sabendo-se que nossa protagonista, ao descobrir a doença de Klaus, rompe o relacionamento por medo de não saber lidar com a dor do luto e se o que sentia era algo capaz de vencer todos os obstáculos que ela poderia enfrentar, inclusive, o preconceito. Estela surge de modo intrigante, pondo todos, inclusive o leitor, em dúvidas, quanto ao seu papel na vida de Klaus.
O livro foi baseado em fatos retalhados da vida real. Os personagens foram inspirados em pessoas reais, dada à riqueza de comportamentos que foram observados durante um bom tempo antes de se iniciar a obra.
“Se tiver que chorar, será com lágrimas de verdade, não apenas no banheiro ou embaixo do cobertor, mas em qualquer lugar que caiba a minha dor.”
“Quando eu amar através das escolhas feitas pelo coração, talvez tenha tempo de sorrir...”
“A vigilância pública deveria me impedir de sair pela noite do jeito que me encontro: bêbada de sentimentos - saio à caça de emoções.”
“Desconsertada e embaraçada, peguei o botão de rosa vermelha e fiquei parada no meio da rua imaginando como poderia esse estranho estar em toda parte.”
“Não me prendo a estigmas pré-conceituados. Quero sentir o que não tem limites; quero viver o que não possui manual de instrução.”
“Segui em frente rumo ao banheiro. Entrei na ala masculina, sai à caça dos sapatos pretos de verniz que poderiam surgir a qualquer momento por debaixo de alguma porta... Lá estavam eles... Virados de frente para o vaso sanitário...”
“Estava prestes a cometer um crime de manchete nos jornais; estava preparada impetuosamente para fazê-lo de pronto. Encostei-me na porta e ela se abriu como se estivesse me esperando. Nada mudou, continuo a mesma que chora no tapete da sala e escuta country romântico, dançando com a taça de água tônica.”
“Fui arrastada para as partículas do estranho como uma tempestade espantando novamente o sol, nada mais existia... Nem o desejo de me apaixonar, pois, se sentir coisas que não se explicam, já é estar apaixonada, então foi isso o que aconteceu...”
“— Devo encarar a morte como um processo natural. Ajuda-me a fazê-lo?”
“—Seja feliz, nem que seja por um dia, saiba que morrer também vale à pena...” 
Sobre a Autora:

Adriana Vargas de Aguiar passou a escrever contos infantis desde que aprendeu a ler. Recebeu incentivo dos pais à leitura e sua infância se deu entre enciclopédias infantis ilustradas enquanto as crianças brincavam no quintal.
Aos treze anos escreveu seu primeiro romance. Imaginava estórias que nunca havia vivido e passava sua imaginação para o papel. Esses escritos eram escondidos debaixo do colchão.
No ano de 2000, entrou para a academia de Direito pela Universidade UCDB, uma das alunas mais aplicadas do curso. Apaixonada por leitura filosófica, as obras que mais lhe chamaram a atenção foram de Platão, Hanna Arend e Friedrich Nietzsche.
Com participação e menções honrosas em vários concursos literários, acredita neste caminho para a escalada dificultosa em um país o qual a leitura é um desafio. Fundadora e coordenadora do movimento – Clube dos Novos Autores. Luta arduamente ao lado de 30 novos autores pelo espaço de seus livros nas estantes brasileiras.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Talentos Nacionais: Lu Piras

Hoje na coluna Talentos Nacionais, eu queria, na verdade contar uma história. Uma história de sonho se transformando em realidade. A história de Ana Luísa, ou Lu, como é carinhosamente chamada por todos.
Desde criança, Lu nutre uma verdadeira adoração pelos livros. Mal podia esperar a feirinha de livros de sua escola em Botafogo, no Rio de Janeiro, para ver todos aqueles exemplares expostos e até mesmo ficar na fila para conseguir autógrafos, que ainda hoje guarda com muito carinho. Aos quinze anos, ganhou  do avô o presente mais lindo que um amante das páginas poderia desejar: uma máquina de escrever. Muitos de vocês, já nascidos na era digital, talvez nem tenham tido oportunidade de apertar uma tecla de uma máquina dessas. Acreditem: é musculação para dedos! Mas Lu tinha uma Olivetti verde! Na época, posso falar por que é minha época também, ter uma Olivetti era como ter um tablet hoje em dia. E foi malhando seus dedos e ouvindo o “pin!”, toda vez que a lateral do papel chegava ao final, que Lu escreveu seu primeiro romance, chamado “A Rosa”.  Ela conta que sua primeira aventura pela arte de escrever está guardada a sete chaves no fundo de um baú. Confesso que despertou  em minha imaginação a cena de uma adolescente empilhando várias folhas de papel datilografadas, amarrando com um fita, fazendo um laço bem bonito e guardando num baú, com se fosse um grande tesouro. Ou ainda, escondendo astutamente, como se faz com os diários...
Mas enquanto “A Rosa” envelhecia suas pétalas, a jovem Lu continuou amando os livros e se apaixonando por estilos e personagens dos Chick Lit, da literatura fantástica, dos adoráveis romances cor-de-rosa. Embora tentasse manter os pés no chão com seus livros de Direito. Sim. A escritora virou advogada. Foi morar em Portugal. Sete anos. Mas em algum momento, o cheiro daquelas páginas guardadas no baú, deve ter despertado a escritora adormecida. Lu resolveu voltar para o Brasil e começar uma vida nova.
O amor pela escrita falou mais alto e a Série Equinócio nasceu. Quatro livros escritos em 7 meses do ano de 2009. Noites e noites acordada e feliz! Realizando seu sonho de escrever. Transformando- se em Lu Piras, um dos nossos mais novos talentos nacionais.
Pensam que a história acabou? Não! De jeito nenhum! Está apenas começando...
Lu Piras realizou o sonho de escrever Equinócio e agora terá seu sonho publicado, pela editora Dracaena, com uma das capas mais lindas que já vi nos últimos tempos. E essa é só a Primavera... ainda tem muita história pela frente... E que os anjos digam Amém!
Sinopse: A cidade do Rio de Janeiro é o pano de fundo onde a estudante de medicina Clara vive sua rotina diária com a família e amigos. O que ela não imaginava é que tudo o que acreditava estivesse prestes a mudar, com a visita inusitada de um anjo. As força do mal ameaçam escravizar a raça humana e, para impedir, o anjo da guarda Nath-Aniel (Nate) vem à Terra, disfarçado de humano, para alertar sua protegida Clara de que sua vida está em risco. Proibido de agir em nome dos humanos e alterar seus destinos, o anjo acaba por se envolver demasiado quando revela a Clara que o pai dela, um renomado cientista, é o responsável pela descoberta que despertou as forças do mal: a fórmula da perpetuação da vida humana (criônica). Toda a missão da legião de anjos celestiais é colocada em risco quando Nate e Clara se apaixonam.

“(...)Para que eu alcance o inatingível e possa provar aos meus sentidos que amar o sobrenatural é natural, Nate precisa amanhecer um lado para que o outro anoiteça. Eu preciso ver o homem que se eclipsa na sombra do anjo.”(Clara)
Confesso que estou absurdamente ansiosa pela companhia de Clara e Nate durante minhas leituras. Mas por enquanto só nos resta aguardar, pois Equinócio está ainda em fase de revisão para só então sua primeira edição alegrar nossas estantes. Enquanto isso, Lu Piras gentilmente me permitiu postar aqui no blog o primeiro capítulo de presente pra vocês! Boa leitura!



E agora que você já está ansioso pelas cenas dos próximos capítulos, vou dar a dica: visite e siga o blog de Equinócio para acompanhar e compartilhar esse momento “roendo as unhas” com a gente. Quem sabe assim, o livro não sai mais rápido?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Meus Favoritos: Reparação - Ian McEwan

Edição: 1
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535902358
Ano: 2002
Páginas: 448
Tradutor: Paulo Henriques Britto
SKOOB 

Sinopse: Na tarde mais quente do verão de 1935, na Inglaterra, a adolescente Briony Tallis vê uma cena que vai atormentar a sua imaginação: sua irmã mais velha, sob o olhar de um amigo de infância, tira a roupa e mergulha, apenas de calcinha e sutiã, na fonte do quintal da casa de campo. A partir desse episódio e de uma sucessão de equívocos, a menina, que nutre a ambição de ser escritora, constrói uma história fantasiosa sobre uma cena que presencia. Comete um crime com efeitos devastadores na vida de toda a família e passa o resto de sua existência tentando desfazer o mal que causou.

São muitas as armadilhas da arte de saber contar histórias. Na mente de quem só vê o que quer, e interpreta aquilo que não quer ver como lhe for conveniente, é uma arma muito poderosa. Pois muitos dos que criam mundos em sua mente tendem a “organizar seus pensamentos” a fim de harmonizar a vida real conforme seu próprio roteiro. Redirecionar a todos para o “caminho certo” como nas páginas de um livro. Sim, pode haver o momento onde o real e o imaginário se confundem. Mas e se não for assim? E se a razão der asas à imaginação por seus próprios motivos e propósitos? E se a personalidade de quem conta a história for repleta de obsessão por manipular a criatividade para transformar a realidade no que ela mesma julga ser o correto? E se a vitória por trás da história for simplesmente o poder de ter tudo e todos à sua mercê? Vulneráveis ao seu talento e rendidos pela sua notável inocência... Pode uma criança de 13 anos brincar de Deus? Pode decidir o destino de pessoas como se fossem personagens? Pode tachar alguém de monstro por que acha que deve? Pode mudar para sempre a vida de inúmeras pessoas em um único dia? Pode sim. Se ela for Briony Tallis!
Esse é o centro do enredo de Reparação, romance do premiado autor britânico Ian McEwan e um dos melhores livros que já tive oportunidade de ler. Um romance sobre a fragilidade humana em todos os aspectos: a falha de interpretação de fatos, a incapacidade de ponderar usando a razão sem considerar o preconceito, o nascimento da culpa que atormenta a alma, a necessidade de reparar os erros e os limites do perdão.

Tem mais ou menos uns cinco anos que li esse livro e desde sua primeira página, ele capturou um pedaço do meu coração. Estou há dias tentando escrever uma resenha que faça jus a essa obra, que é de uma genialidade e sensibilidade nos detalhes tão absurda, que posso até contar um segredo: É o livro que EU gostaria de ter escrito! Portanto não me julguem se parecer muito apaixonada nessa resenha. É que sempre é difícil falar das coisas que amamos...

Reparação narra uma história de amor destruída pelo capricho de uma garota mimada, intransigente e dona de uma imaginação extremamente fértil.  A estória se passa no verão de 1935 quando Briony, a caçula da família Tallis – aspirante a escritora com total incentivo da família – terminara sua primeira peça teatral: “Arabela em Apuros”. Um “presente” para o adorado irmão mais velho Léon, que viria de Londres acompanhado do amigo Paul Marshal para visitar a família. Porém a chegada dos “primos do norte” alterou a programação perfeitamente planejada por Briony. Após uma tentativa frustrada de fazê-los participar da encenação, Briony tranca-se em seu mundo particular e, sem querer, testemunha à distância uma cena  repleta de tensão entre sua irmã Cecilia e o filho da empregada, Robbie Turner, protegido da família. Capturada pela visão e sem compreender o que acontecia naquele momento, onde Cecília parecia submeter-se as exigências de Robbie, Briony põe-se imediatamente a fantasiar milhões de hipóteses absurdas. Mais tarde, ao ser incumbida pelo próprio Robbie de entregar uma carta a Cecília, Briony intrigada com o que viu e as interpretações que floresciam cada vez mais em sua mente, resolve ler a tal carta e, a partir desse momento, decide deliberadamente reconstruir a imagem que tinha do rapaz que conhecia a vida inteira e, com isso desencadear uma série de intrigas, equívocos, pré-julgamentos e um falso testemunho que resultará numa tragédia que mudará a vida de todos. Um único dia sob o olhar de Briony Tallys mudará tudo!

McEwan construiu uma verdadeira obra de arte em sua narrativa, pois escreve capítulos em terceira e primeira pessoa, narrando e descrevendo minuciosamente os diferentes ângulos de uma mesma cena, alternando o ponto de vista dos protagonistas Briony, Robbie e Cecília. Isso faz toda a diferença na estória, pois permite que o leitor fique imerso nos muitos aspectos da personalidade de cada um dos personagens. E é na riqueza desses detalhes que percebemos que nada acontece gratuitamente em Reparação. Seu próprio título carrega um duplo sentido: reparar/observar e reparar/ compensar. 

O livro é dividido em quatro momentos (por que não ATOS?) bem distintos entre si. O Primeiro momento narra o malfadado dia em que Briony sela o destino de Robbie, com um testemunho fantasioso, vingativo, ciumento, mentiroso, mas absolutamente decisivo. O segundo foca no amor do casal separado. A ida de Robbie para a prisão e em seguida para os horrores da guerra e a fuga de Cecília para tornar-se enfermeira, cortando relações com a família. A troca de correspondência entre os dois, os pedidos de Cecília para que ele voltasse, pois esperaria por ele. E a promessa de que ele voltaria, limparia seu nome, casaria com ela e viveriam de cabeça erguida. O amor prevalecendo à raiva de sonhos interrompidos, oportunidades negadas pelas adversidades do passado. O terceiro momento é dedicado à tentativa de Briony de “reparar” seus erros desistindo da faculdade que tanto sonhou para se tornar enfermeira e seguir os passos da irmã num trabalho braçal, atormentada pela culpa e remorso. Onde cada morte horrível de um soldado a faz lembrar de Robbie. Onde tenta seguir o caminho que inocentaria Robbie, reataria com a irmã e por fim corrigiria seu grande ato de covardia.  A extensão das conseqüências do egoísmo e leviandade de Briony é explorado até a última gota por McEwan, numa maestria que só consegue ser superada na quarta e última parte do livro, que eu chamo de a “Hora da Verdade”. Comentar essa parte seria arruinar uma leitura perfeita. Só posso dizer que é magistral e que mostra que Ian McEwan é um escritor a altura de seus temas. Capaz de criar um livro de argumento perfeito, trama extremamente envolvente, com um final avassalador e perfeito que ecoa na mente do leitor por muito tempo.

Em minha opinião a protagonista do Romance de Ian McEwan é de fato uma antagonista. Uma das piores vilãs que já conheci. Briony Tallis é o sonho de muitos escritores. Uma vilã que deriva da imaturidade e do excesso de imaginação, justificada por seus olhos de criança inocente, mas que traz consigo todo um histórico de egoísmo, ciúmes, manipulação e controle das pessoas ao seu redor, sob a capa da virtuosidade de um futuro talento literário. Não acredito que em minhas andanças literárias já tenha esbarrado em uma personagem tão complexa! As vezes a confundimos com a heroína em busca de redenção, mas as entrelinhas ressaltam as principais características de Briony: covardia e dissimulação.

A minha dica é: leia este livro como a um clássico, não espere textos banais, ou clichês. A linguagem é simples, envolvente e de uma qualidade admirável, sem que o leitor precise ter um dicionário ao lado (Afinal quem disse que texto bom é aquele que só tem palavras que ninguém sabe o que significa?). Em alguns momentos no início tem um ritmo um pouco lento, mas é proposital! Continue e não se arrependerá! É um romance sério, carregado de sentimentos reprimidos, com um conteúdo rico em conflitos e questionamentos comportamentais, avassalador e que provavelmente te fará chorar por dias... Definitivamente Esplêndido! 




Sobre o Autor:
Ian McEwan nasceu em 21 de Junho de 1948, em Aldershot, Inglaterra. Ele estudou na Universidade de Sussex , onde recebeu um diploma de bacharel em Inglês e Literatura em 1970 e seu diploma de mestrado em Inglês e Literatura da Universidade de East Anglia. Ele publicou duas coletâneas de contos e uma série de romances como: A Criança no Tempo, O jardim de Cimento, O Inocente, Amsterdã, Amor para Sempre, Na Praia, Reparação, Sábado e Solar. As obras de McEwan lhe valeram a aclamação da crítica mundial. Considerado o maior escritor inglês contemporâneo, sua imensa fila de prêmios acumulados em 35 anos de carreira, entre eles o Whitbread Awards (1987) e o Man Booker Prize (1998), assim como incontáveis críticas de êxito, mostram um pouco de sua genialidade narrativa.
Ian McEwan mora em Londres e seu próximo romance Sweet Tooth, tem previsão de publicação no Brasil pela Companhia das Letras em Julho. 

terça-feira, 20 de março de 2012

Feliz Dia do Blogueiro!

Queridos amigos!!!

Aprendi com o tempo, que nada melhor que compartilharmos as coisas boas que a vida nos proporciona. Cheiros, toques, sentimentos, emoções. Experiências únicas que possam acrescentar no universo de nossas vidas. Todos aqui estamos de certa forma ligados / linkados ao mundo literário. Blogueiros, Autores, Editoras, Leitores... Todos nós dividindo nossas opiniões, compartilhando nossos desejos e sonhos, ansiando por projetos, torcendo por esse ou por aquele. Mas no fim, tudo se resume a uma só conexão. Não, não estou falando só da internet. Estou falando dos Livros!
Um livro tem poderes ilimitados... te faz viajar, repensar a vida, criar base, estruturar opiniões, ajudam a fugir do cotidiano, fazem rir, chorar, se emocionar... te deixa acordado a noite inteira só pra saber o que tem na próxima página! Não há nada igual ao cheiro de livro... os novos, os antigos, os nunca lidos! Não existe toque que te retribua mais do que o de uma página, por que ela te permite sentir, ser outras pessoas, ver coisas que só que tem o maravilhoso hábito de ler pode entender do que estou falando.
E é isso o que dividimos aqui na blogosfera! Esse amor pelos livros, paixão por personagens, felicidades com os novos amigos que fazemos, sejam eles outros blogueiros, ou editores ou escritores ou nossos leitores, que são a razão de tudo, afinal de contas. É com vocês nosso compromisso. E essa é a MELHOR parte de ser blogueiro: construir grandes amizades com pessoas que você nem conhece pessoalmente, mas que tem tanto em comum com você, que te apoiam e te dão aquela força mesmo que do outro lado da tela de um computador. Que te emocionam, quando te incentivam a seguir em frente e realizar seus sonhos, pelo simples fato de acreditarem na sua opinião ou num texto que você escreveu...
Acho que isso é ser blogueiro! Não apenas números. Acho que é uma soma de amor pelo que faz, dedicação, humildade para se aperfeiçoar e receber críticas construtivas, escrever com sentimento e estar sempre de portas abertas para o novo, o antigo, o grande, o pequeno. Aliás,na blogosfera provavelmente estão os principais personagens que movimentam o mercado literário mundial. Aqueles amadores que buscam informação e mais uma paginazinha pra ler todos os dias!
Eu me orgulho muito de ser blogueira! E acho que a gente merece esse dia especial!
Parabéns blogueiros! Vocês são o máximo! (podem se achar que eu to deixando kkkkk)

Essa aí sou eu no meio da Livraria El Ateneo em Buenos Aires, besta demais com um dos livros da Charlaine Harris na mão! Acho que nenhuma foto minha pode descrever a alegria de ser Blogueira como essa. Afinal, essa autora tem uma grande culpa nisso...

Promoção 200 seguidores!

Hoje é Dia do Blogueiro! Parabéns pra gente que se esforça bastante para nos manter informados, atualizados e com excelentes experiências literárias e culturais para compartilhar com nossos leitores. Isso não é uma obrigação, é um grande prazer! Portanto, aqui no Me, My Shelf And My Books, no Dia do Blogueiro o leitor é quem sai ganhando! Vocês escolheram e o blog atendeu! Vou sortear um dos livros mais esperados do ano: Delírio, da autora Lauren Oliver, que o primeiro volume de mais uma distopia, que já tem um futuro certo: O Cinema.  
Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?


Ficou a fim de ganhar né?  Então vamos falar da PROMOÇÃO! É super fácil participar, só tem que preencher o formulário Rafflecopter abaixo, onde tem tudo o que você precisa saber, mas como eu vi que muita gente ainda tem dúvidas quanto a esse novo fomulário, preste atenção nas regras!

Regras Obrigatórias no Formulário Rafflecopter: 

  • Seguir o blog no GFC
  • Seguir o Twiter do Blog
  • Curtir a Fan Page do Blog
  • Comentar em todos os posts do blog até o encerramento da promoção
  • Twitar uma vez por dia a frase da #promo
"Vou ganhar o livro DELÍRIO quando o blog atingir 200 seguidores. Participe! http://migre.me/8m5TH"


OBS1: Todas as opções acima são obrigatórias! Não terão chances extras por que os comentários vão valer 3 chances! Portanto não esqueçam de comentar em todos os posts que saírem no blog até o final da #promo, que terá início hoje dia 20 e encerra à meia noite do domingo dia 25 de março.
OBS2:  Caso não seja atingida a meta de 200 seguidores, o blog sorteará o livro entre TODOS os seguidores do blog, participantes ou não da promoção.

sábado, 17 de março de 2012

Resultado da Promoção 120 Seguidores!

Parabéns Thamires Perrone!!! Você é a feliz ganhadora do sorteio do livro Jogos Vorazes! Mande um e-mail com todos os seus dados para memyshelfandmybooks@gmail.com ou paulaveloso35@hotmail.com com todos os seus dados em até 3 dias!!! Senão rola outro sorteio!
Muito obrigada a todos que participaram ferrenhamente dessa #promo! Eu sei que todo mundo queria esse livro, mas não fiquem tristes! Logo, logo teremos novidades por aqui! Continuem participando e Boa Sorte! 

Novidades na Estante: Marcas Indeléveis - Ahtange Ferreira

Gente, vocês não tem noção da felicidade que senti quando recebi da Modo Editora um e-mail falando sobre seu mais novo lançamento: Marcas Indeléveis da escritora Ahtange Ferreira. Em parte a felicidade era por ver uma estória de amor tocante, baseada em fatos reais, sendo publicada com essa qualidade. Mas a alegria dobrou quando fui ler sobre a autora e descobri que ela é minha conterrânea. Maranhense com eu! E pensei: "Onde eu estava com a cabeça até agora que nunca tinha ouvido falar dessa pessoa??? Uma leitora compulsiva e curiosa como eu não conhecer uma escritora, que de repente, sei lá, pode ser minha vizinha??" É por isso que eu digo e repito: A literatura nacional possui grandes talentos e está em nosso poder fazê-los conhecidos! Portanto hoje a novidade na minha estante é Marcas Indeléveis. Vamos saber mais sobre o livro?
Sinopse:
É uma daquelas estórias inesquecíveis... Que permanecem na memória por muito, muito tempo. Os grandes temas da literatura e da vida estão compondo este magnífico romance, baseado em fatos verídicos: amor, ódio, sexo, traição, violência doméstica, culpa e redenção.
“O amor, essa febre que nos invade a alma e queima o corpo e nos lança no mar; no mar, ora de rosas, ora de espinhos e lágrimas, saudades, desatino. Amor louco, alucinado, inefável: sentimento que nos acomete nos arremete ao infinito, ao mais longínquo dos mares d’alma.. O amor que não é, senão de perdição, de afagos e desvarios. Ame e o amor te levará por caminhos, veredas, canções e emoções errantes, inimagináveis, incompreensíveis aos olhos dos loucos que não conhecem a lucidez da loucura de amar...” Marcas Indeléveis é uma história baseada em fatos reais, nos mostra como o ser humano é complexo em suas atitudes e sentimentos. Esther vive uma trajetória de perdas e frustrações e parece não aprender com os próprios erros... Traumas adquiridos na infância acompanham sua vida adulta tornando-a um inferno do qual ela não consegue sair... Mas haverá uma chance? Ela finalmente será capaz de se libertar? Após várias tentativas frustradas, ela desiste do amor até encontrá-lo de maneira inesperada e nunca antes sentida.

Prefácio por Ana Carolina Oliveira

Marcas Indeléveis é uma história emocionante; Não, não é um conto de fadas, não é uma história feliz, com passarinhos cantando e uma jovem moça sorridente encantada com um príncipe cavalheiro, belo, charmoso e que a fará feliz pelo resto de sua vida. Mas ainda sim é uma história de amor.  Uma história muito complicada, porque nossa querida protagonista, Esther, é uma mulher que encarou o amor várias vezes, e nem uma delas foi fácil, na verdade o amor quase destruiu toda a alma, o coração e a mente desta mulher que se entregou de braços abertos a ele e não foi tão bem recebida assim. Esther teve uma vida difícil, sem muitos luxos e sempre com um grande problema, o amor e sua beleza que chega a ser até mesmo uma maldição cuja atrai apenas dificuldades para ela, e apesar de dificuldades duras, lhe trouxeram sabedoria. Esse é o tipo de história que nos mostra que a vida não é fácil.  E que nem todos os romances são belos, correspondidos e duram eternamente, nos ensina que a falta de amor, não importa onde seja sempre faz uma falta imensa na vida de qualquer ser humano. E que é necessário recebê-lo, não somente de homem para mulher, mas de pai para filho, de irmão para irmão, de amigos para amigos, simplesmente dar e receber amor de uma forma simples e sincera. Mostra-nos que um simples abraço que foi negado pode deixar uma marca profunda e distorcida no coração, uma marca indelével. Esse é um livro com uma história real, que pode, e na verdade foi repetida com milhares de mulheres que já enfrentaram essa dor terrível. Não há nada de mágico ou sobrenatural nela, é apenas a verdade. A verdade dura e fria de versões diferentes do amor. ''... O amor que não é, senão de perdição, de afagos e desvarios. Ame e o amor te levará por caminhos, veredas, canções e emoções errantes inimagináveis. “Incompreensíveis aos olhos dos loucos que não conhecem a lucidez da loucura de amar...” Adorei de coração esse livro, repleto de emoção e estou feliz por ter tido a chance de ler a obra de uma parceira aqui do blog, Ahtange, que tem um talento incrível para escrever.
Recomendo totalmente Marcas Indeléveis.


Sobre a Autora:


Maranhense, nascida em Setembro de 1974. Muito cedo tive que aprender a lidar com perdas e decepções. Sempre fui apaixonada pelos livros e seu mundo mágico dos sonhos, contos e romances: meus preferidos.
Camilo Castelo Branco muito me influenciou em seu "Amor de Perdição".
Amo ainda a filosofia e a psicologia, embora seja leiga em tais assuntos, minha alma regozija-se quando me deparo com tais tratados.
O pensamento e a alma humana são tesouros inesgotáveis e maravilhosos. 
Minha formação: Bacharel em Teologia, Especialista em Educação Especial e Psicopedagoga Clínica e Institucional.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Meme: Selo de Qualidade

O Primeiro Selinho a gente nunca esquece... Eu amei ter recebido a indicação das fofíssimas blogueiras do Fallen In Me, Paty, Rê e Mica! Muito obrigada meninas!!!
E como a ideia é conhecer melhor as pessoas por trás das resenhas nossas de cada dia, vou responder umas perguntinhas báaaasicas sobre mim e espero que vocês não se assustem...kkkkkk

Nome: Paula, mas cada um me chama de um jeito: Paulinha, Paulete, Pauloca, Capitã e outros milhões de apelidos.
Uma música: Eu sou amante de Rock, Jazz, Blues e Classicos. Sou libriana, não consigo escolher uma música só! Acho que The Very Thought of you de Billie Holliday, The Ocean do Led Zeppelin, All I Want de Joni Mitchell e Baba O’Riley do The Who são bem a minha cara.
10 COISAS SOBRE MIM:
01 – Quando gosto, vejo o mesmo filme várias vezes!!! Adoooooro filme repetido!!!
02 – Tirei minha carteira de motorista em 2002 e nunca mais dirigi desde então... odeio dirigir! É muito para minha coordenação motora...
03 – Adoro dias nublados (cinzinhaaaa!!!) e odeio calor.
04 – Sou bagunceira. Deixo roupas e objetos espalhados pela casa, depois não sei onde coloquei.
05 – Acho que o twitter tem a capacidade de te fazer adorar gente que você nunca viu e o Facebook te faz não gostar das que você conhece. I hate it!
06 – Faço tudo na cama (como, leio, uso o notebook, assisto TV...)
07 – Não quero ter filhos... Escolhi viajar e conhecer o mundo...
08 – Sou igual a Mônica do Friends quando tô jogando.
09 – Não suporto Intolerâncias e Extremismos (seja na política, geografia, sexo, raça, religião, futebol ou defesa dos animais)
10 – Não sei nadar... tenho pânico de água (ok eu tomo banho, mas não subo num barco nem paga!!!) e tenho um medo seríssimo de ter Alzheimer e esquecer tudo quando tiver velha....
Cores favoritas: Preto e Off White.
Um seriado: True Blood
O que achou do selinho: Eu Amei!!! Para mim indicações de qualidade e comentários no blog são como receber estatueta do Oscar! Reconhecimento do meu trabalho.


Blogs que eu indico e deverão cumprir as regras:

- Repassar o selinho para 15 blogs e visitá-los
- Responder as perguntas



Assistindo Livros: A Mulher de Preto

Você acredita em fantasmas? Parece uma pergunta boba com uma resposta óbvia. Mas é bom ter isso em mente antes de se aventurar pelo cinema, pois pode tomar muitos sustos com A Mulher de Preto.

O livro homônimo de Susan Hill adaptado para a telona sob a direção de James Watkins, de início chama atenção por que seu protagonista é interpretado por ninguém mais, ninguém menos que Daniel Radcliffe. E logo de cara posso adiantar que a imagem de Harry Potter ficou para trás, no momento em que Daniel assumiu a pele do advogado Arthur Kipps. Não vou mentir dizendo que não há momentos em que a gente deseja: “dá logo um Avada Kedavra nessa mulher!” Mas não por causa do ator e sim por conta das situações e o suspense, que é enlouquecedor certas horas.  

Arthur Kipps é um jovem advogado que atravessa um momento difícil pessoal e profissionalmente. Pessoal porque ao tornar-se pai, perdeu a esposa e seguiu adiante criando seu filho com ajuda de uma governanta, e, mesmo o amando muito, no fundo não consegue superar totalmente a morte da mulher. Profissional porque durante esses quatro anos, o luto e a nova rotina parecem ter atrapalhado seu desempenho no trabalho, chegando o momento em que seu chefe lhe dá um ultimato: precisa deixar Londres por alguns dias em busca de documentos pendentes para completar o processo de venda da mansão mais antiga do povoado Crythin Gifford, cuja dona tinha falecido. Sem escolha, Arthur deixa seu filho em Londres, prometendo reencontrá-lo no final de semana, e parte para o povoado em busca de todos os documentos, que provavelmente estariam perdidos entre pilhas e pilhas de papéis no interior da velha casa. 
Assim que chega a cidade, Arthur começa a perceber comportamentos estranhos, medo, tristeza e muitos segredos envolvendo a população e a misteriosa mansão. E é nesse clima sombrio, repleto de mistérios e quase sem nenhum apoio que ele pretende concluir sua missão.
Pessoalmente, preciso ressaltar que Arthur é um homem muito corajoso, pois a mansão em questão, além de apavorante, fica praticamente em uma ilha, cuja única estrada aparece e desaparece conforme a maré (por muito menos eu já tinha dado meia volta e começado a procurar um novo emprego nos classificados). Visivelmente impressionado com toda a superstição presente no povoado e a própria dúvida quanto a existência de um mundo espiritual capaz de cruzar a fronteira, uma vez que costuma sentir a presença da falecida esposa, Arthur se descobre vendo e acreditando na presença de uma mulher vestida de preto aterrorizando a propriedade.

Como não pretendo soltar spoilers aqui e acabar com a “graça” do filme, o que posso adiantar é que a trama é bem interessante, os diálogos são poucos, o que significa que as explicações chegam de maneiras não muito convencionais. A direção garante bons sustos e cenas angustiantes, repletas de tensão e foco em detalhes. O filme é típico terror no estilo “O Orfanato” e “Rose Red”. Ou seja, suspense e cenas apavorantes com um toque de drama. Tudo muito bem dosado. Não existem momentos leves aqui. Os personagens são sofridos, carregados, quase nunca sorriem e vale destacar as atuações da atriz Janet McTeer e o ator irlandês Ciarán Hinds, como o casal Daily que tem uma participação interessante na trama. E, para quem, assim como eu, tem pavor de bonecas, palhaços e brinquedos que fazem barulho ou tocam musiquinhas de ninar (eu acho até a abertura de The Secret Circle Freak), taí um prato cheio para não dormir por uma semana. Recomendo!