domingo, 29 de abril de 2012

Assistindo Livros: Os Vingadores

Se você algum dia já se aventurou pelas páginas de algum HQ de super-herói ou mesmo acompanhou as estórias desses seres cheios de dons e habilidades nos desenhos animados, com certeza já se pegou imaginando qual deles se sairia melhor num confronto interno... Seria o martelo do Thor capaz de desferir um golpe fatal na defesa intransponível do escudo do Capitão América? Será que toda a tecnologia do traje do Homem de Ferro suplantaria a força bruta e bestial do Incrível Hulk? E as flechas do Gavião Arqueiro poderiam causar estrago na armadura de Tony Stark? Mesmo sem nenhuma arma espetacular, seria a Viúva Negra capaz de manipular o herói da Segunda Guerra, ou o filho de Odin ou ainda o enfurecido gigante verde??? Na nossa imaginação sempre ganha o nosso favorito. Mas o que a Marvel tem a dizer sobre isso?
Depois de ter passado pela incrível experiência de assistir Os Vingadores, posso dizer que tenho a resposta! A Marvel apresentou uma obra que traduz seu respeito pelos fãs, novos e antigos, que tinham a esperança de ver seus super-heróis tão bem apresentados em suas características, de maneira uniforme e com interação perfeita. Digo isso por que eu mesma não acreditava que tal feito seria possível uma vez que os filmes prévios de cada herói, com exceção dos dois do Homem de Ferro, apresentaram roteiros fracos, efeitos idem e atores nada a vontade dentro de seus uniformes emblemáticos. Sendo assim, uma reunião do famoso grupo de super-heróis num mesmo filme seria um projeto ambicioso e com grande chance de fracasso. O mais provável é que acabasse se tornando um “Homem de Ferro e sua Turma”.
Pois bem, ledo engano. E fiquei muito feliz por constatar que depositei minhas esperanças na pessoa certa, quando pensei que a aquisição de Joss Whedon para dirigir e roteirizar a adaptação cinematográfica de Os Vingadores foi a melhor decisão. Para muitos se tratava de um diretor inexperiente na telona, para mim se tratava do cara que pegou um filme fracassado do nível “sessão da tarde” e criou “Buffy – The Vampire Slayer”, uma das séries de maior sucesso e mais cultuadas de todos os tempos! Não posso negar que sou fã de Buffy e do trabalho de Whedon, que sempre se mostrou um grande conhecedor da cultura pop e, a julgar pelos enquadramentos e afinação entre os personagens do filme, um leitor de quadrinhos.
Pra mim o filme foi exatamente isso: a gloriosa exibição de páginas na telona. Whedon conseguiu unir quatro heróis vindos de filmes de apresentação diferentes, com diretores e estilos diferentes (Homem de Ferro, Hulk, Thor e Capitão América) a dois outros sem filmes próprios e sem tanta fama diante do público geral (Viúva Negra e Gavião Arqueiro). E adivinhem? Todos brilham com a mesma intensidade durante 142 minutos de exibição, transmitindo os seus conflitos e dramas particulares, interligando seus talentos e limitações sem perder o fio da meada. 
Temos uma combinação de personalidades opostas surgindo através de tiradas de humor sensacionais, enriquecidas com referências pop. Um acerto muito grande na minha opinião, uma vez que acho um erro filmes de heróis que se levam a sério demais. Muitas dessas cenas são protagonizadas pelo debochado e megalomaníaco Tony Stark em seus duelos verbais com o Capitão América, só que agora Robert Downey Jr. não é o único herói agindo com espontaneidade em sua própria fantasia. Todos os outros sustentam suas identidades e mostram novas faces.
Vemos atores confortáveis em seus personagens e estes, por sua vez, confortáveis em uma equipe. Chris Evans nos mostra o Capitão América como ele é: com seu perfil chatinho disciplinado e focado na missão, liderando e assumindo riscos como um verdadeiro herói de guerra; Chris Hemsworth apresenta o deus convencido e sentimental, com a mesma pose de superior, porém bem mais carismático; Jeremy Renner apesar de ter uma participação meio padronizada, mostra que o Gavião Arqueiro não é um personagem que possa ser subestimado; Scarlett Johansson é a personificação da mistura entre beleza exótica, fingimento e sagacidade que uma espiã utiliza como armas. Mas a grande revelação do filme é o Hulk, já que Mark Ruffalo assumiu o monstro verde e conseguiu transmitir com maestria a dualidade do personagem em sua mistura de angústia e alívio a cada transformação. Coisa que nem Eric Bana ou Edward Norton imprimiram em suas interpretações anteriores. Ruffalo captou a essência desse herói incompreendido e realmente me lembrou a atuação de Bill Bixby, o Dr. Bruce Benner da antiga série de TV, que desde essa época me fez ser uma total simpatizante do Hulk.
 A direção de Whedon também nos brinda com uma batalha final fantástica, cheia de dinamismo, onde todos os personagens demonstram seus talentos, formando um conjunto perfeito. A cena sem cortes óbvios é uma grande sequência muito bem orquestrada, com ângulos de câmera incomuns, que passeia por todo o campo de atuação dos heróis e seus inimigos. O vilão Loki, Nick Fury e todo o pessoal da S.H.I.E.L.D. cumprem seu papel de forma satisfatória, garantindo o sucesso no que se propõe o roteiro: uma ameaça a humanidade que para ser derrotada, necessita da união de forças de um grupo de pessoas extraordinárias, que após vários momentos de tensão, entende que a cooperação é única saída.
Eu gostei tanto do filme que poderia ficar horas descrevendo seus momentos de ápice e incríveis acertos, mas correria o risco de soltar spoilers e estragar a expectativa de quem ainda não foi ao cinema. O que posso garantir é que o filme é de tirar o fôlego! Uma verdadeira aula de como se faz um blockbuster! E a minha dica é: não levante da poltrona assim que subirem os créditos em hipótese alguma!!!  

terça-feira, 24 de abril de 2012

Talentos Nacionais: Roberta Spindler e Contos de Meigan

Na semana passada tive o prazer de receber aqui na minha cidade a autora megafofa Roberta Spindler. Ela me deu a honra de vir aqui única e exclusivamente para conceder uma entrevista pro meu novo programa de TV. Fiquei encantada em conhecer a autora e passamos o dia inteiro trocando figurinhas sobre o maravilhoso mundo dos livros ( e fofocando, é claro, por que ninguém é de ferro!). Logo, logo vou postar a entrevista aqui pra vocês, mas hoje quero apresentar um dos presentes maravilhosos que a Roberta me trouxe: Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos! O primeiro livro da série escrita por ela e por sua grande amiga Oriana Comesanha e publicado pela Editora Dracaena.

Eu a Roberta e Contos de Meigan
Comecei a ler o livro agora (porque o meu marido se apropriou dele primeiro) e já tô de queixo caído com o mundo de Meigan e seus personagens! Quer conhecer? Vamos lá!

Sinopse:  Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi.
Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Ela estava preocupada, pois alguma coisa afetava seu controle sobre os mantares, talvez algum resquício da misteriosa doença que a debilitou durante a infância. Com medo de estar novamente doente e para conseguir respostas, decidiu colocar de lado suas diferenças com sua mãe, a principal governante do mundo magi. Voltaria a Katur, capital de Meigan, e pediria perdão por todas as brigas passadas.
Assim, deixou sua vida terrena de lado e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. Os soldados que escoltavam a caravana acabaram achando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela.
As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que Maya e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir respostas para as perguntas que lhe afligiam. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe?"

Gente!!! São 618 páginas de muita aventura!!! Assim que terminar, vou resenhar contando tudo pra vocês e podem ficar atentos que vai rolar #promo!!! A Editora Dracaena já enviou um exemplar especial pra sorteio. ;)
Se quiserem saber mais sobre Contos de Meigan e ver algumas ilustrações super bacanas dos personagens, é só visitar a fanpage no facebook.

domingo, 22 de abril de 2012

Novidades na Estante: Carmela E Lorenzo - Rubens Conedera

Tava dando uma olhada nos lançamentos de abril da Editora Modo e fiquei encantada com esse livro: Carmela e Lorenzo. Uma capa com maior clima de Romeu e Julieta, mas que de fato traz uma história de amor sobrenatural ambientada na Itália Renascentista. Diferente não? Eu adorei essa ideia! Nem preciso dizer que já está na minha lista do Desafio Literário... Mas não vou deixar vocês curiosos não... Vamos saber mais sobre esses dois???  

SINOPSE – Um amor floresceu na Itália Renascentista, contrariando os
costumes de uma época em que casamentos aconteciam mediante acordos
financeiros. A jovem Carmela e o enigmático Lorenzo apaixonam-se de forma inesperada, dando início a uma conturbada história de amor entre tintas, obras de arte e sangue.
Um romance cheio de mistérios, onde sentimentos se desenrolam em
situações que desafiam o leitor a explorar os limites do amor exposto em
cenários ricos em obras de arte, intrigas e violência. Após algumas revelações acerca de um segredo que norteia a vida de Lorenzo, poderá Carmela aceitá-lo como é, desafiando perigos e contrariando os costumes patriarcais e suas próprias crenças?


Sobre a Obra:
“Carmela e Lorenzo” é um romance envolvente, rico em descrições de
sentimentos, obras de arte e aventuras que se desenrolam em uma época
pouco explorada em romances, o Renascimento. O enredo se dá em 1508 na Itália Renascentista, entre os elementos necessários para a realização de afrescos. Em templos pequenos e grandiosos este amor desafia contratempos inimagináveis, e os segredos que limitam as ações do enigmático Lorenzo, filho de um velho pintor. Contratada para serviços braçais, a jovem e retraída Carmela conhece uma nova existência, longe da vida de servidão e humilhações ao lado do pai.
A trama tem como pano de fundo a paisagem italiana durante uma época de ampla manifestação cultural, onde pinturas feitas através da técnica dos afrescos são descritas ao publico, tornando o enredo esteticamente palpável, sentimentalmente intenso, com passagens sobrenaturais voltadas a um publico jovem, através de uma narrativa diferente.


Olhem só que lindo o projeto gráfico do livro!!!


Afinal, qual será o segredo de Lorenzo??? Tô doidinha pra descobrir!!! Tenho alguns palpites... 
Parabéns ao autor Rubens Conedera por ter explorado o tema sobrenatural, já tão comum nas prateleiras das livrarias hoje, de forma diferente, ambientando seu romance numa época interessante e utilizando a beleza da arte para dar asas a nossa imaginação! Parabéns a Editora Modo por reconhecer esses talentos nacionais e proporcionar uma edição tão bem trabalhada! Adorei!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Promoção 3 Meses do Me, My Shelf And My Books!

Hello people!!! Semana que vem o blog completa 3 meses de existência! Yeyyyyy!!!! Claro que eu não poderia deixar de presentear os meus leitores lindos e divos. Portanto, escolhi dois livros para dar de presente para um único vencedor, numa #promo bem simples.


E aí? Quer ganhar? Então confira as regras:
1 - Ter endereço de entrega no Brasil;
2 - Preencher o Formulario Rafflecopter abaixo;
Boa sorte a todos!!! *\O/*

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Novidades na Estante: Não Deixe O Sol Brilhar Em Mim - Evandro Raiz Ribeiro

Gente, hoje quero apresentar um livro que vem chamando bastante minha atenção: Não Deixe o Sol Brilhar em Mim, do autor Evandro Raiz Ribeiro. Quem curte estórias sobrenaturais assim como eu, principalmente quando o foco são os protagonistas de dentes pontudos, vão se deliciar com essa publicação da Editora Dracaena! Desde que vi a capa pela primeira vez já fiquei curiosa... depois que li a sinopse então...EU TENHO QUE LER ESSE LIVRO!!!

SINOPSE: Em Não Deixe o Sol Brilhar em Mim o autor volta no tempo em um acerto de contas com o passado. Misturando reminiscências de sua infância com ficção, conta a história de Dennis e Valquíria, dois pré-adolescentes perdidos na solidão de suas vidas, cada um preenchendo o vazio existencial que há no outro em meio aos anseios da adolescência, descoberta do primeiro amor e amizade sincera. Porém Valquíria tem um segredo terrível. Não Deixe o Sol Brilhar em Mim é uma história de vampiros diferente em que a fuga da solidão ultrapassa o limite do sobrenatural.


E então? Gostaram???
Pelo visto muita gente tá de olho no trabalho do Evandro Raiz Ribeiro, pois o autor foi indicado como Destaque Literário do Press Awards Japan 2012. O  evento acontecerá em 19 de julho deste ano no Sogetsu Hall, em Tokyo, pela segunda vez celebrando os destaques brasileiros no pais.

O Press Awards Japan 2012 é promovido pelo Ministério das Relações Exteriores, com Patrocínio da Rede Globo Internacional, TAM e Banco do Brasil. Uma premiação muito importante onde nomes como Ivan Lins, Moreno Veloso Adriana Calcanhoto e Andrea Amorim estão concorrendo nas categorias de destaques na música. O autor Evandro Raiz Ribeiro concorre pela categoria Destaque Literário.
Ainda sobre o evento, serão homenageados com um prêmio especial e farão um show a parte, os músicos brasileiros Roberto Menescal e Leila Pinheiro.
O autor conta com os leitores para votar em seu nome! Todo mundo pode participar votando até o dia 5 de maio AQUI

Autor da Editora Dracaena concede entrevista para Globo Internacional.

domingo, 15 de abril de 2012

Resenha: O Pássaro

Título: O Pássaro
Autora: Samanta Holtz
Edição: 1
Editora: Novo Século
ISBN: 9788575796381
Ano: 2012
Sinopse: "Caroline Mondevieu é uma filha de um poderoso Barão e tem tudo o que uma dama da época poderia querer: status, riqueza e um ótimo partido para se casar. Seus sonhos, no entanto, vão muito além de vestidos caros ou um bom marido; ela quer ser dona do próprio destino. Sua vida muda completamente quando encontra Bernardo, um charmoso domador de cavalos que parece ter o dom de irritá-la. Eles não conseguem se entender até quando percebem que, para alcançar o sonho em comum de liberdade, terão que passar por cima das suas diferenças e se unirem num arriscado plano que promete transformar suas vidas para sempre. Grandes emoções os aguardam em sua jornada; perseguição, mistérios, ciganos e o despertar de um sentimento que insiste em manter escondido. Mas o que parece tão simples envolve muito mais magia e coincidências que eles podem imaginar, além da descoberta de segredos, até então, muito bem guardados".

“Seu Pássaro chegou?”
“Ainda não! Acho que esbarrou numa cegonha e fugiu com ela e o bebê...”
“Que pássaro fujão!”

Diálogos desse tipo tornaram-se comuns no último mês no twitter. Éramos eu e a autora Samanta Holtz conjecturando sobre todas as possibilidades de atraso na entrega do meu livro que parecia não chegar nunca... Mas era de se esperar que um livro com páginas tão carregadas com um imenso desejo de liberdade não quisesse ser aprisionado numa estante, tal como um pássaro na gaiola. Eu o entendo. Ainda mais agora que conheço sua estória. Tenho a impressão que a ânsia de seus personagens por se libertarem dos grilhões das regras sociais, das amarras dos poderosos e do chicote da vida miserável, acabou transcendendo essas páginas e imprimindo ao livro uma personalidade própria.

Falando em personalidade, um dos maiores desafios nessa leitura foi tentar me manter imparcial e não me deixar influenciar pelo contato com a autora e seu carisma. Confesso ter sido até um pouco rigorosa demais nesse aspecto... Mas nada que não tenha sido completamente suplantado pela força de vontade e superação de Caroline Mondevieu, nossa protagonista!

Uma garota à frente do seu tempo, de espírito livre e alma questionadora que se vê presa aos costumes de uma época que não permitia a uma mulher ser mais do que uma obra de arte devidamente moldada para obedecer ao seu dono. Vivendo à sombra de uma mãe submissa e um pai monstruosamente autoritário, Caroline literalmente sente na pele desde cedo que não está em seu poder interceder diante de injustiças sociais ou mesmo decidir seu próprio destino. Isso cabe ao seu pai, o poderoso barão Enézio Mondevieu! Seu primeiro dono, cuja autoridade só será substituída pela do próximo proprietário: um marido. Escolha esta que ela sequer poderia pensar em fazer.

Diante dessa realidade desanimadora, Caroline percebe que tem duas opções: seguir o exemplo de sua mãe Antonelle e sua irmã Elizabeth, modelos de mulheres educadas e conscientes das regras a serem seguidas por integrantes de famílias de prestigio na sociedade ou... fugir! Isso mesmo: deixar para trás toda aquela vida de conforto no castelo, jóias, vestidos, chás com convidados ilustres, festas pomposas disputadas... Coisas que, no fundo, não tinham valor para a determinada Caroline. Então seria fácil, certo? Errado! Abdicar daquela vida também significava deixar a mãe sozinha à mercê das maldades daquele marido impiedoso, uma vez que sua irmã se casou; mentir, abandonar e magoar Filip, seu amigo de infância e noivo prometido; viver sem os cuidados e conselhos de Dinamene, a criada leal e ainda seguir adiante sem conhecimento do mundo e nenhuma perspectiva de segurança ou futuro.

Mas nada disso fez com que Caroline desistisse de seu grande sonho: ser livre como um pássaro. E, para alçar seu vôo, precisava de um guia. Alguém que pudesse lhe mostrar o caminho e que também desejasse tanto deixar de vez aquela vida de abusos, violência e escravidão. E quem melhor que Bernardo, o revoltado filho do domador de cavalos para acompanhá-la nessa aventura? Despertando a fúria do grande senhor feudal que só se importava com sua preciosa reputação, Caroline e Bernardo iniciam uma jornada rumo a liberdade e ao autoconhecimento. Seus gênios fortes, suas teimosias, seus ataques pessoais são apenas o tempero de uma caminhada que os levará a muitas descobertas: novos costumes, novas emoções e muitos segredos!

O Livro é uma surpreendente lição de amor pela vida e pela liberdade. Para mim foi uma experiência muito gratificante ver uma mensagem tão bem explorada em uma narrativa tão leve e encantadora. Personagens femininas que mostram uma doce bravura, determinação apaixonada e força interior invejável.  Vilões que fazem jus a esse status (o barão está a altura do Rubens de Falco no papel do pai da Sinhá Moça na primeira versão da novela... affe!). Mocinhos que mostram quem nem tudo está perdido em relação ao sexo masculino (Filip é adorável e amoroso, enquanto Bernardo faz a linha bruto apaixonado). Admiro a coragem da autora em ambientar seu romance numa época que exige muita pesquisa e demanda uma linguagem nada usual. Afinal estamos falando da Europa do século 13, de senhores feudais e vassalos. Ainda assim Samanta Holtz conseguiu escrever um romance de época sem palavras rebuscadas que, na maioria das vezes, desestimula muitos leitores. São 477 páginas que passam num piscar de olhos, mas que as vezes dá vontade de dar uma parada para “economizar” essa estória tão bem contada, com acontecimentos inesquecíveis e muitas reviravoltas!

Pra finalizar preciso dizer que o grito de liberdade de Caroline é uma grande homenagem às mulheres e suas conquistas. Que a estória escrita por Samanta é um presente para a literatura nacional e que merece ser apreciada! Recomendo!

Sobre a Autora:

Nascida no Dia Mundial do Livro, a publicitária e escritora Samanta Holtz parecia destinada a trilhar o caminho da literatura. Aprendeu a ler sozinha aos cinco anos, tamanha era sua vontade de entender as histórias que sua mãe lia para ela. Aos nove, ganhou um prêmio municipal de redação em sua cidade, Porto Feliz, no interior de São Paulo. Aos quatorze, começou a escrever seu primeiro romance, “Renascer de um Outono”, seguido por “Corpo & Alma” e, finalmente, “O Pássaro”. Com histórias românticas e cheias de surpresas, Samanta guia seus leitores por uma deliciosa viagem, levando-os das lágrimas ao riso em questão de capítulos.

Essa fofa aí da foto é a Samanta que gentilmente presenteou o blog com marcadores autografados que vou sortear entre os comentaristas dessa resenha no dia 23/04! Dê sua opinião! Tô curiosa... :)


RESULTADO DO SORTEIO: OS MARCADORES VÃO PARA AS COMENTARISTAS TAYNAH E KA ALENCAR!!!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Assistindo Livros: Once Upon A Time

Quem nunca se sentiu completamente “enfeitiçado” pelas frases “Era uma vez...” e “Felizes para sempre...” que atire o primeiro livro! Assim como muitos dos bookaholics, meu amor pela leitura teve início nas páginas dos contos de fadas. Como não se apaixonar por todas aquelas estórias com tantos sonhos se tornando realidade e o bem vencendo o mal? Mesmo hoje, me dando conta do quanto alguns valores transmitidos por essas páginas são um pouco “incômodos” para mim por serem um tanto machistas (tipo a necessidade da mocinha se casar com um homem rico pra ser feliz), ainda não posso negar a importância de se acreditar em príncipe encantado, fada madrinha e bruxa má. Vendo pelo lado romântico, são lições de esperança e fé... Acreditar que tudo sempre vai dar certo no final!

Falando nisso, uma tendência muito forte hoje nos estúdios cinematográficos é a releitura desses contos de fada. Foi-se o tempo em que só Walt Disney se interessava pelas estórias que nossas avós nos contavam... Várias adaptações com participação de grandes nomes estão surgindo, mas hoje quero destacar uma que me surpreendeu bastante: a Série de TV Once Upon A Time!

Imagine uma serie que mostra o lado avesso dos contos de fada, que expõe seus heróis e bandidos em seus sentimentos mais íntimos, suas fraquezas, suas qualidades, seus medos, suas mentiras... É assim que Once Upon a Time apresenta seus personagens, que condenados a viverem sem seus finais felizes por conta de uma terrível maldição da Rainha Má, moram nos dias de hoje, na cidade de Storybrook, no estado norte-americano Maine. Aparentemente uma grande vitória da famigerada madrasta da Branca de Neve: todos os personagens do reino encantado agora são pessoas comuns, do nosso mundo e que não se lembram quem eles realmente são. A Branca de Neve agora é Mary Margaret, uma solitária professora da escola primária; O Principe Encantado está em coma no hospital; A Chapeuzinho Vermelho é uma garçonete um tanto pornô; E a Rainha Má é a prefeita-quase-dona da cidade! 
Bem... mas nem tudo saiu como ela planejou! Antes da maldição se abater sobre todos, Branca de Neve dá a luz a uma menina chamada Emma e consegue salvá-la desse destino. Emma é enviada ao nosso mundo e criada como órfã, sem nenhum conhecimento sobre seu passado. Levando uma vida desregrada Emma engravida e entrega seu filho para adoção. Dez anos depois, Henry bate a sua porta pois foi adotado pela Rainha Má, tornou-se expert na maldição por causa de seu inseparável livro de contos de fadas e pede a Emma que o ajude a quebrar o feitiço. Claro que Emma não acredita em nenhuma palavra e ainda tem sérias preocupações com a sanidade mental daquela criança e por isso decide ficar uns dias em Sotrybrook e acompanhar Henry mais de perto. E é aí que começa o verdadeiro desafio de Emma: conseguir sair ilesa do cotidiano de Storybrook literalmente planejado por Regina, a Rainha Má, além de se permitir acreditar na tal maldição e salvar os dois mundos.


De cara o roteiro me chamou a atenção, mas tive a impressão de que seria algo leve e até um pouco divertido, mas no decorrer de Once Upon A Time você percebe que a série tem um tom muito mais sério, misterioso e sombrio. O que mais me deixou encantada foi a maneira como todas as estórias e personagens estão interligados nos dois mundos e como algumas “brechas” nos contos foram preenchidas. Por exemplo, por que a Rainha Má tem tanto ódio da pobre enteada assim? Só por que o espelho dizia que ela era a mais bonita do reino? Será? Eu sempre achei que tinha mais farinha nesse angu... E Once Upon A Time aponta nessa direção! São essas possibilidades de soltar a imaginação e questionar tudo que faz com que a serie se torne absolutamente viciante.


As atuações são memoráveis, com destaque para Ginnifer Goodwin (Branca de Neve/Mary Margaret), Lana Parrilla (Rainha Má/Regina), Jared Gilmore (Henry), Jennifer Morrison (Emma Swan) e o maravilhoso Robert Carlyle (Rumpelstiltskin/Sr. Gold). O figurino e caracterização dos personagens são incríveis. Contudo, os efeitos especiais deixam bastante a desejar! Dou um desconto por ser uma produção de Tv, mas em tempos de HD não dá mais pra economizar nesse setor. Porém, de forma alguma esse detalhe chega a incomodar tanto... Acho que é uma excelente opção dentre as inúmeras séries dramáticas ou com apelo sobrenatural que tem surgido ultimamente por ser intrigante e fugir do lugar-comum. Recomendadíssima! 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Novidades na Estante: Editora Dracaena

Hello People!!! Temos novidades chegando aqui no blog!!!
Pra começar, é com muita satisfação que anuncio que a Dracaena firmou parceria com o Me, My Shelf and My Books! Uma noticia que me deixa muito feliz pois trata-se de uma editora que vem realizando um excelente trabalho com os autores nacionais. E quem me conhece sabe o quanto eu acho importante abrir as portas do mercado editorial para os nossos talentos.
A Editora já chegou com ótimas notícias para os autores e pra nós leitores: a distribuição internacional de suas publicações! Uma grande vitória para a literatura nacional. Confiram a matéria: 


Editora Dracaena assina contrato de distribuição internacional.

Uma das metas da editora Dracaena para 2012 era ampliar a distribuição de seus títulos e com isso destacar ainda mais os autores de seu catálogo.
Em meados de janeiro de 2012 a Dracaena assinou contrato com uma grande empresa européia e através dessa importante parceria, está ampliando a distribuição de seus livros em mais de 80 pontos de vendas em países como: Espanha, Argentina, Chile, México, entre outros países de língua espanhola.
Os primeiros 16 títulos da empresa já estão disponíveis em cerca de 50 lojas e livrarias em vários países e em breve todo o catálogo estará á disposição do público.
Segundo Léo Kades – editor chefe da Dracaena “até o fim de 2012 serão mais de 100 títulos sendo distribuídos pelos canais internacionais e, para 2013 a meta é produzir e traduzir títulos para o mercado espanhol.”

Conheça algumas livrarias que estão distribuindo a Editora Dracaena pelo mundo:

E mais:



Romance de Hermes M. Lourenço está conquistando leitores por todo o Brasil.

Editora Dracaena divulga capa do livro 3355 Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer Como Nos Filmes de Terror
O autor Gerson Couto deixou o seguinte recado em seu blog oficial: A gente zoa, brinca, fala bobagem, reflete, se diverte, se deixa levar, troca de fantasia, conhece gente, muda a trajetória, é pego de surpresa e por aí vai... Mas o trabalho não para nunca! É com enorme felicidade que apresento a todos a capa do meu novo livro 3355 Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer Como Nos Filmes de Terror, que será lançado pela Dracaena, editora onde estou muito feliz por estar.”

Segredos de um vampiro – Raphaela Mello é destaque em matéria do Jornal de Piracicaba.














Viram só quanta notícia boa??? Parabéns a Dracaena pelo sucesso e aos autores nacionais que estão apresentando obras cada vez mais interessantes! Sejam bem-vindos ao Me, My Shelf And My Books!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Assistindo Livros: Jogos Vorazes

Em tempos onde todos os estúdios cinematográficos buscam uma “saga-campeã-de-bilheteria” pra chamar de sua, fica praticamente impossível ver uma adaptação para o cinema de alguma obra literária destinada ao público jovem, sem ter que se deparar com um sem número de comparações entre séries. Mas, como leitora assídua e cinéfila que sou, posso garantir que ser “o mais novo fenômeno mundial dos cinemas”, a famosa frase preferida dos marqueteiros, é uma das poucas coisas que Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes tem em comum. Não que eu ache que as comparações desmereçam algum deles, só acredito serem injustas uma vez que se trata de obras tão distintas entre si, e acredito que cada uma tem o seu valor.  

O filme adaptado da trilogia de Suzanne Collins, campeã de vendas e sucesso de público e crítica, nos apresenta um mundo distópico num futuro não muito distante, surgido a partir do que um dia fora os Estados Unidos. Uma nação chamada Panem, formada por 12 Distritos comandados por uma Capital, que para exercer seu poder, criou os Jogos Vorazes. Uma espécie de reality show de sobrevivência, onde cada distrito tem que sortear e enviar um casal de adolescentes entre 12 e 18 anos para lutar até que só reste um sobrevivente! Toda a matança é registrada por câmeras e transmitida a todos os distritos pela televisão, com grande sucesso de audiência. A trama gira em torno da personagem Katniss, interpretada por Jennifer Laurence (indicada ao Oscar por O Inverno da Alma), que se oferece para ir no lugar da irmã de apenas 12 anos que teve o azar de ser sorteada.E pra completar ainda mais a situação, o outro sorteado é Peeta (interpretado por Josh Hutcherson de Minhas Mães e Meu Pai) o garoto com quem Katniss se sente em dívida por tê-la ajudado numa situação difícil no passado...

Eu particularmente estava com bastante expectativa em relação a Jogos Vorazes. Cada vez que imaginava o que podia “surgir” na visualização das páginas, me tremia toda! Li a trilogia há um bom tempo... logo que o primeiro livro foi lançado no Brasil, e torci muito para que quem comprasse os direitos da obra, se empenhasse em fazer um trabalho sério, fiel e bem produzido. Afinal, nada como um filme mal feito pra destruir a reputação de uma estória... E cá pra nós, Jogos Vorazes tem algumas partes que corriam sérios riscos de ficarem ridículas numa adaptação para o cinema...
Pois bem, minhas preocupações mostraram-se sem fundamento quando vi o nível de investimento feito, desde a escolha do elenco excelente até a caracterização dos personagens e ambientação da trama. Para uns um tanto brega, para outros, excêntrica. Eu achei completamente condizente com o que li. A personagem Effie, por exemplo, realmente é uma espécie de Lady Gaga do Tim Burton no livro. Em termos visuais acredito que a aposta foi muito bem feita, tanto em figurino, quanto nas discrepâncias entre a modernidade e riqueza da Capital em contraponto a miséria e atraso dos distritos. 
A direção de Gary Ross foi muito pontual. Desde o início do filme, retratando a protagonista em sua vida simples e insegura, com uma espécie de “câmera inquieta” balançando o tempo todo, até o acerto na “medida certa” de violência a ser mostrada. Claro que como leitora senti falta de mais brutalidade nas cenas dos jogos, mas entendo que na hora de sintetizar um livro, tem que haver um cuidado com a dosagem e acho que o acerto foi exatamente aí: não foi apelativo com excesso de sangue e pedaços de gente pra tudo quanto é lado e também não se excedeu na questão romance, o que é comum acontecer nessas adaptações. Enfim, o filme não foi reduzido ao patamar de uma estorinha de amor sobrevivente com triângulo amoroso, nem ao novo “massacre na floresta”. Digo isso, por que, a meu ver, a trilogia está muito acima desses aspectos! É uma obra com uma mensagem política e social fortíssima que mostra um governo que aliena seu povo com pobreza e ignorância, e usa o entretenimento como forma de coação e manipulação da sociedade; que é uma critica ao povo que se deixa envolver, acompanha e torce por um show de “realidade” forjada que mata seus próprios filhos; que prova que só é preciso um abrir os olhos e fazer sua parte para que sistemas absurdos sejam questionados e derrubados. (Qualquer coincidência com o mundo não-distópico atual, não é mera semelhança!)
Outro ponto forte no filme são as atuações! Jannifer Laurence foi a atriz que eu vibrei ao ser escalada para o papel e ela não decepcionou! Muito pelo contrário... Ela é a Katniss! Conseguiu transmitir o quanto a personagem é forte, batalhadora, bem intencionada porém turrona, endurecida pelas dificuldades da vida ao ponto de não saber como “ser simpática” ou ter traquejo social. Assim como suas flechas, foi certeira na incorporação do personagem. 
Josh Hutcherson brilhantemente conseguiu mostrar a evolução de Peeta, exatamente como no livro, de rapaz generoso fadado morte certa à descoberta de sua arma secreta que era seu carisma. Woody Harrelson captou tão bem a essência do “mentor bebum” Haymitch, que realmente é uma pena sua participação não ser maior. Aliás, acho que todos cumpriram muito bem seu papel. Até Lenny Kravitz conseguiu a proeza de ser Cinna, um personagem tão importante na trama, mesmo quando o roteiro falhou na evolução do relacionamento entre ele e Katniss.     
Aliás, a falha do filme na minha opinião foi onde eu menos esperava: o roteiro. Uma vez que a própria Suzanne Collins estava envolvida achei que esse seria o menor dos problemas. Mas o que pude perceber é que houve uma preocupação muito grande em construir a imagem de Katniss e deixou-se um pouco de lado a simbologia e alguns aprofundamentos que transmitissem a quem não leu o livro, a grandeza da estória. Os jogos são muito mais do que um reality show, ou uma forma de castigo anti-rebeliões... Katniss é muito mais do que uma adolescente tentando sobreviver... O tordo, a garota em chamas, o romance pré-fabricado... não tive certeza de que as mensagens implícitas foram devidamente transmitidas a quem não leu. Claro que dá pra entender o filme e toda a situação, o que por si só já é suficiente. Mas pelo que pude observar, ele deixa muita margem para indagações e má interpretações. Talvez seja algo proposital, para ser desenvolvido apenas na continuação. Ou talvez eu esteja sendo exigente demais. Mas, desculpem, como fã não posso evitar querer que TODOS captem as qualidades da obra em 2 horas e 20 minutos de filme! Entretanto devo ser justa e ressaltar que o roteiro acertou ao preencher as lacunas com cenas de bastidores dos jogos, além de conversas entre os “cabeças” sobre seu planejamento, uma vez que o livro é sob o ponto de vista de Katniss.
Para finalizar, posso assegurar que nada disso afeta o filme em si. Foi um trabalho muito bem feito, uma excelente opção de entretenimento inteligente e, que com certeza deverá ser aprimorado na sequência. Recomendadíssimo!